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Hey queen, I'm here! - Parte I

             Antes de começar o post sobre minha viagem a Londres, eu gostaria de fazer uma obervação: Quiçá, deveria mudar o nome do blog para "Presepadas.com" ou "uma estudante de Turismo muito atrapalhada"... porque olha, vou lhes contar uma coisa...5 dias em Londres foram muito intensos e cheio de imprevistos e improvisos, a começar pela água gelada do hostel capenga que eu arrumei. Vamos iniciar o post como é devido não é mesmo? Cheio das riquezas de detalhe e preparação, tenho longos 5 dias para contar aqui.

 A preparação: detalhes técnicos

             Já vou dizendo, viajar comigo não é fácil, sou sistemática com os detalhes logísticos, sou estudante de Turismo, eu vou sempre querer profissionalizar a coisa. Eu vou sempre tentar organizar uma viagem de modo que posso trazer o feito para a minha profissão. Por isso, sou uma viajante independente! 
A minha viagem para Londres começou bem antes do dia último dia 9, quando embarquei do Aeroporto de Girona com destino ao Aeroporto de Gatwick. Girona é uma cidade há 100 km de Barcelona e possui um aeroporto periférico de grande circulação, Gatwick é uma cidade 48 km de Londres, possui um aeroporto periférico de grande circulação também de mesmo nome.

"Mas Ô Renata, porque você não pegou um vôo do El Prat (aeroporto principal e dentro de Barcelona)?"
Por uma simples razão: Aqui na Europa há o que chamamos de "linhas aéreas low cost" ou línhas aéreas  de baixo custo. As passagens são mais baratas que as linhas chamadas regulares e obviamente, não proporcionam os mesmos serviços que essas últimas (pra começar, não servem comida! Fiquem atentos, cometi a gafe de pegar uma comida quando estava indo a Paris ano passado e tive que pagar!).
As linhas aéreas low cost recebem incentivo para operar em aeroportos periféricos ( para que o destino se desenvolva a medida que usem seus serviços) sendo um dos fatores que facilita mais ainda os preços serem acessíveis. São as linhas aéreas mais conhecidas entre os intercambistas, pois nem é preciso comentar por qual razão são usadas pelos estudantes.
Atire a primeira pedra o intercambista que nunca passou raiva na Ryanair ou na Easyjet ou que nunca colocou todas as roupas no corpo (blusas e mais blusas de frio) antes do embarque, para que a única mala permitida não ultrapassasse a marcação. Um último comentário sobre low cost: Eles são rigorosos nessa parte da mala de embarque porque o dinheiro que eles ganham são principalmente com o despacho de malas, além da venda de milhões de coisas durante o vôo.
(Uma questão aberta: Seria a Webjet o início das low cost no Brasil? Tomara!)

             Continuando.. a  minha viagem começou bem antes do dia 9, quando decidi otimizá-la e amenizar as possíveis dificuldades em outro país. Passar por dificuldades em outro país, muitas vezes significa despender um pouco mais de dinheiro que o previsto e isto é algo que o estudante não pode se dar ao luxo. Li tudo sobre Londres: sobre os transportes desde o aeroporto, do aeroporto até o hostel, li sobre a linha de metrô, quanto custava, onde estavam localizadas minhas visitas de interesse, tudo o mais que poderia querer ver na cidade além do clichê, previsão do tempo e montei meu próprio roteiro.
Eu sei, é chato, é muito minucioso e de fato me deu muuuuito trabalho, mas atingi meu objetivo.
Aliás, as libras esterlinas também comprei com antecedência no meu banco para evitar de comprar com taxas abusivas nos aeroportos.



Fila do embarque no Aeroporto de Girona


Meus preciosos 5 dias de descanso: O início

             Maravilha hein?! Depois de 3 cansativas semanas de provas quatrimestrais, tenho 5 dias para fazer o que quiser e recuperar as energias para a próxima etapa: Fui pra Londres. De Girona. De Ryanair (que além de permitir só uma maleta por viajante com medidas determinadas, agora as mulheres também não podem portar a tão popular bolsa. Tudo dentro da mala.). Assim que acabou minha última prova, às 11h da manhã, fui ser feliz na terra da Rainha, da Lady Di, de Beatles e de tudo mais.
             Vôo tranquilo, conheci uma gaúcha que estava sentada ao meu lado e uma das coisas que me diz é: "Baaah mas é uma delícia se perder em Londres!". Gracias pela dica. Imigração? Foi tranquilo também, eu estava com todos os documentos do que ia fazer em Londres e por quantos dias e ainda recebi um elogio da oficial por tamanha organização.
Cruzada a imigração, percebi um pouco de fascínio na minha pessoa por estar na Inglaterra e tratei de botar meu roteiro semi- profissional em prática. Aeroporto, vai pro centro de Londres, do centro de Londres pro hostel. Perfeito. Pro meu conforto, já tinha comprado o ticket do ônibus pra sair do aeroporto e já sabia que ele parava de frente ao metrô, onde eu tinha que me dirigir a Estação Bayswater, a mais próxima do meu hostel.

A hospedagem

Achando-me a eficiencia em pessoa, cheguei ao hostel. Hostel 63, feito reserva no Hostelworld, um site amplamente conhecidos por nós, estudantes sem dinheiro, mas que queremos conhecer o mundo.
Não recomendo o hostel pra ninguém, a menos que, você queira um lugar pra só, MAS SOMENTE SÓ UNICAMENTE, colocar sua cabeça no travesseiro.
Eu já sabia que o hostel não era lá essas coisas e tinha lido no Hostelworld alguns comentários de ex-hóspedes que não havia água quente, mas ao chegar, era pior do que eu imaginava.
Aí começa a presepada! E uma dica: Eu não economizo em hostel nunca mais!
MAS, não posso deixar de comentar o tão BEM LOCALIZADO que é, pois eu fiz tudo a pé e de bicicleta e a calefação deles, é muuuuuuuuuito boa, não senti frio dentro do hostel.
Esse apesar de tudo, era meu objetivo principal: Fazer tudo a pé, pois o transporte em Londres é bem caro. Então, posso dizer no geral, teve bom.

A minha primeira noite em Londres.

             A minha primeira noite em Londres foi, obviamente, fria demais e em um hostel xexelento. Eu havia feito reserva em um quarto misto (para homens e mulheres) para 6 pessoas e na primeira noite, e colocaram em um quarto misto, mas só para 3 pessoas, e estavam apenas eu e um australiano.
             Gafe da noite: Cheguei no quarto, que estava vazio e fiquei mais tranquila, pois vi coisas de uma homem e de uma mulher. Quanto ao homem, eu tinha certeza pelas roupas e tênis jogados de qualquer jeito, mas a mulher deduzi pela chapinha que estava conectada a parede. Respirei aliviada e pensei: "Menos mal. Vai dormir mais mulheres aqui" .Quando o rapaz chegou ao quarto, eu me apresentei e perguntei se ele conhecia a menina que estava no quarto com a gente. Ele me olhou espantado e perguntou estranhado: Que mulher? Eu respondi: A da chapinha! Ele me respondeu secamente: It's mine.
            Não deixando que o ambiente "distinto" tomasse conta do meu bom humor, fui arrumar minha mala, preparar a bolsa para o outro dia e comprar água pra beber nos próximos dias. Ao comprar água foi quando conheci um iraniano simpático de uma venda (lógico, eu perguntei também qual era o seu horário de funcionamento!) e sabia falar espanhol, porque até este momento o inglês estava me custando muito.
             Depois de comprar a água fui dormir, decidida de que ia acordar cedo e começar, de fato, a minha aventura londrina. E dormir, já que estou em um hostel sem locker, com todos os meus documentos e dinheiro agarrados a mim.

Esse foi o final do meu primeiro dia de viagem e o início de uma intensa aventura Londres a fora, de mala e cuia.

Comentários

  1. Renata, parabéns pelo post e pelo blog em geral!
    Sem puxar saco, ler sobre suas aventuras é um prazer e traz um certo alento a nós que já estivemos na Europa e sonhamos em voltar a viver essa sensação de poder ir a qualquer lugar.
    Londres (e a Inglaterra, em geral) é um pedaço de terra fria, chuvoso, nublado, mas tem uma magia, uma coisa que não sei explicar... espero que você tenha sentido isso também. E concordo que dá pra economizar de muitas formas, mas tem economia que é porca, tipo pegar hostel sem água quente em pleno inverno, né?? kkk
    Pergunta: vc foi sozinha?
    Já estou no aguardo pela parte 2! =)

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  2. Obrigada pelo comentário Pedro! Sempre que escrevo, também penso nos meus leitores assíduos e tento caprichar ao máximo!
    Essa do hostel, foi "una pasada" como dizem os espanhóis. No próximo post, vou contar como economizei, mas sem - literalmente - economias porcas! rs.
    Beijão!

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  3. Ei amiga,
    Eu tbm adoro seus posts e tenho que te dizer que vc tem o dom pra escrita tambem. Se essa vida no turismo nao der certo, pode se preparar e escrever um Comer, rezar, amar 2.
    Hahahahhahaha...

    Eu quero ler o resto!!! Tenho certeza que foi mto legal sua viagem. E como vc aprendeu, eu tbm aprendi a nao economizar com hostel.. nao quero mais baratas tomando banho junto comigo! kkkkkkkkkkkkk..

    Te amoooo amiga.

    OBS: E como nao eh twitter nem FB, podemos conversar sem problemas.. =]

    Beijos,
    Caroleta

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  4. Ha-ha-ha Obrigada Carol.
    Mas cá entre nós, você me superou com essas das baratas hein? "Las cucarachas... las cucarachas!"
    Final de semana que vem, tem mais post!

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  5. Amiga, eu sou completamente apaixonada com essa foto sua do blog!

    é muita xiquesa e felicidade!!! =]

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  6. Guria,

    que azar de hostel, hein? dei mais sorte, e fiquei num hostel bastante decente. E eu reclamando que o banho lá era de chuveiro com pressão. hahaha. A agua era quentiiiinha, pelo menos. agora to vendo que isso é importante.

    E quanto a Londres: Eu esperava que fosse gastar mais. Nao gastei tanto. Mas também nao fiz nada que pagasse: Nada de subir no London Eye, nada de entregar pra ver os bonecos de cera. Pobreza do ser humano... Mas que abuso os preços!!!!!!!!!!!!!

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  7. Oi Lud!

    Você reclamando de barriga cheia! rs.
    Eu também não gostei tanto e fiz como você: não subi no London Eye! rs Só contemplei! rs

    Mnha mãe me perguntou se eu vi os bonecos de cera (acho que alguém do trabalho dela deve ter comentado isso pra ela! rs) e eu não vi porque aqui em Barcelona tem! aaaah!

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