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A convivência com gente estranha.

-Na semana passada meu laptop estragou, computadores aqui na Espanha nao tem o "til", ou eu ainda nao achei neste teclado o "til"-

A minha convivência com gente estranha está melhor do que eu poderia imaginar.

A mudança
Aliás, antes de falar da minha convivência, vou comentar do meu dia da mudança:
No dia da minha mudança, a senhora a qual eu estava em sua casa me deu um número de uma companhia de táxi. Esse motorista foi simpático ! Me ajudou e me deu muitas dicas sobre a cidade.
Nesse dia eu já estava mais esperta: Antes dele chegar, eu já tinha descido as malas os 5 andares sem elevador.

Antes de pensar em chorar com o tanto de bagagem que mais uma vez eu ia ter de deslocar, eu lembrei que só em 4 anos de Rio de Janeiro, eu me mudei 8 vezes. Uma só vez contei com a ajuda do meu pai, uma vez me mudei de carroça com dois menores dirigindo um pangaré por 30 reais,  já desmontei e montei cama e armário e já desfiz de uma casa inteira quando voltei pra BH. Eu tava com medo de 70 kg, porque hein?

Nesse dia, eu fiz três viagens: 1 de táxi para levar 2 malas com livros e sapatos e duas viagens de metrô para levar o restante.
Sem comentários sobre o meu estado físico depois disso...

A convivência
Essa história de morar com gente da minha idade, ainda bem, caiu por terra quando não encontrei moradia na época.

A Oana e o Andrei, os dois têm 33 anos, sao da Romênia e sao eles quem alugam o quarto para mim.
São super bem organizados, limpos, solícitos e mais, eles me oferecem uma estabilidade que preciso neste momento: regras na casa, têm suas vidas, seus trabalhos.

Há também a Saerom Kim, da Coréia do Sul, que tem 22 anos lá e 21 aqui - na Coréia do Sul eles contam os meses da gestaçao. Ela veio para cá estudar espanhol.

Com a Saerom, eu nao converso muito por duas razoes: Primeiro porque ela nunca está em casa, segundo porque ela nao fala direito o espanhol  quando tenho que falar com ela, falo em inglês, ela entende melhor, mas nao é nada que facilite a gente bater altos papos.
A Oana tagarela comigo aos finais de semana quando o Andrei nao está, ela sempre pergunta do meu dia. Fofocas femininas: homens, roupas, menstruaçao, academia,...
O Andrei e eu conversamos pouco (até porque no meu país as mulheres sao tao loucas de ciúmes que eu acho que nos outros também deve ser, entao, evito demasiado contato), e ele é sempre atento se preciso de algo ou se me incomodo com algo (televisao alta, som alto, ...).

Há muito respeito e bom senso, entao, nesses quase dois meses tudo tem dado certo.
Aliás, o bom senso também conta com uma regra: Depois das 23h proibido barulho, sem tomar banho, sem mexer na torneira da cozinha e nada de salto alto!

Um dia até fizemos um jantar juntos: a Oana fez uma ensalada rusa adaptada na Romênia e que é servida nas festividades, um arroz que tinha kani (Salve meu primo Ernani que é doido com isso!) e um patê de beringela/berinjela (as suas grafias já sao aceitas no Brasil segundo o Wikipedia, rs). A Saerom fez uma omelete cheio de coisas que eu nao faço idéia do que sejam plus algumas pimentas.
(Eu particularmente depois que arrumei muitas amigas chinesas em Logroño, fico vidrada com as comidas daquele lado de lá.)
 
Eu? Ah, eu nao fiz strogonoff gente! HA-HA-HA.
Fiz brigadeiro, enrolado e tudo mais.

No próximo post comentarei sobre as aulas de catalao que estou fazendo.
Sim, eu estou aprendendo mais uma língua e de graça ainda por cima!

Fins Diumenge! *

* "Até o próximo Domingo!" em catalao.





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